A pílula anticoncepcional leva para dentro do organismo da mulher hormônios sintéticos que simulam progesterona e estrogênio. Para que o óvulo não seja liberado para fecundação, esses hormônios “enganam” o cérebro e, assim, o ovário fica inativo.
São exatamente esses hormônios que estimulam a formação de coágulos. Quanto mais o sangue coagula, maior o risco de uma veia ser obstruída. É aí que ocorre a trombose venosa profunda.
Esse problema costuma aparecer principalmente nas pernas. Quando o coágulo formado se solta, pode chegar aos pulmões e causar uma embolia pulmonar. Em casos mais graves, os coágulos atingem artérias, o que pode ocasionar em AVC ou infarto do miocárdio.
Isso significa que, ao usar o anticoncepcional, todas as mulheres passam a correr esse risco? Não necessariamente.
Existem mulheres que contam com fatores de risco para desenvolver a trombose. Para estas, principalmente, o contraceptivo hormonal não deve ser recomendado.
Um dos perfis de risco é a mulher com predisposição genética para a doença. Quando outras pessoas da família já sofreram com a trombose, o anticoncepcional pode potencializar a doença. O grande problema é quando, apesar de nenhuma outra pessoa na família sofrer com trombose, a condição genética favorece a formação da doença.
É por isso que é tão importante fazer um exame de sangue antes da prescrição da pílula anticoncepcional. É por meio dele que a paciente descobre se conta com tendência ou não.
Preservativos masculino ou feminino, DIU de cobre e diafragma são alguns dos métodos não hormonais que podem ser uma opção. No entanto, caso seja de fato necessário manter a pílula, os cuidados devem ser redobrados.
Um estilo de vida saudável, com prática de exercícios físicos, boa alimentação e sem uso de cigarros ou álcool em excesso é o mais recomendado. Todas essas práticas auxiliam a manter o peso ideal e favorecem a circulação do sangue.
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